Durante toda a vida, todos os carros precisam passar por revisões periódicas, geralmente a cada 6 meses ou 10 mil quilômetros percorridos – o que vier primeiro.
Porém, apesar do que é indicado por algumas concessionárias e oficinas mecânicas, nem todas as trocas, limpezas e correções são necessárias. Para não apanhar um susto com a conta ao final de cada revisão, é bom informar-se sobre os serviços realmente obrigatórios.
Assim sendo, o que é mito e o que é verdade? Veja abaixo:
Alinhamento e equilibragem a cada 10 mil km: VERDADE
Idealmente, os serviços de alinhamento direção devem ser feitos a cada 10.000 quilómetros, sempre acompanhados do verificação de pneus.
Há algumas exceções, como em casos de viagens por estradas muito esburacadas, por exemplo, onde é preciso avaliar se há necessidade de realizar alinhamento antes dos 10 mil km.
Limpeza dos bicos injetores antes dos 30 mil km: MITO
O tema da limpeza dos bicos injetores sempre causa muita divergência, porque nem sempre o tempo pode ser vinculado à quilometragem – como em casos de carro parado, por exemplo.
Dependendo do tipo de uso ou até mesmo do combustível, a necessidade da limpeza dos bicos injetores pode surgir bem antes dos 30 mil quilómetros.
Mas também há casos de carros que percorrem até 60 mil quilômetros e não precisam fazer a limpeza dos bicos injetores do carro.
O ideal é sempre trocar o filtro de combustível de acordo com as indicações do manual do proprietário e realizar a manutenção preventiva numa oficina mecânica de confiança para saber a hora exata de fazer o serviço.
Cristalização da pintura antes dos 20 mil km: MITO
Serviços de Estética Automóvel não têm relação com a quilometragem, mas sim com o uso que se faz do carro.
Quanto mais exposto aos raios UV do sol, à chuva e às seivas das árvores, mais rápida será a necessidade de refazer a cristalização ou espelhamento de pintura.
Todo carro zero km já sai de fábrica com uma camada de verniz suficiente para proteger e dar brilho à pintura.
A cristalização tem duração máxima de até 6 meses e são indicados em casos de pinturas manchadas ou opacas (sem brilho).
Uso de aditivo na água do radiador: VERDADE
Os problemas mais comuns relacionados ao sistema de arrefecimento da maioria dos carros deve-se justamente à falta de aditivo na água do radiador.
Sem o aditivo, os componentes e peças metálicas ficam expostos ao efeito corrosivo da água. Além do mais, o uso de aditivo na água do radiador ajuda a prolongar a vida útil dos sensores térmicos e das válvulas termostáticas.
O que pouca gente sabe é que outra função importantíssima do aditivo é evitar o superaquecimento do motor por falta de água no radiador.
ATENÇÃO: Jamais, sob hipótese alguma, deve-se utilizar água da torneira no radiador do carro!
Uso de aditivo no óleo do motor: MITO
Ao contrário da recomendação anterior sobre a necessidade de colocar aditivo na água do radiador, o mesmo não se aplica quanto ao aditivo no óleo do motor.
Quem segue corretamente o plano de manutenção e utiliza o óleo indicado pela marca do automovél, dispensa a utilização de qualquer aditivo para o motor.
Cerca de 30% do arrefecimento do motor é feito pelo óleo lubrificante e cada motor é fabricado para operar de acordo com uma viscosidade de óleo específica. A utilização de aditivos pode ser prejudicial à lubrificação do motor, já que o óleo mais grosso enfrenta mais dificuldade de passar pelas galerias de lubrificação.
Substituição das velas a cada 30 mil km: MITO
Em média, o tempo para troca das velas de ignição é a cada 20 mil ou 30 mil quilómetros. Este período varia, mas não costuma passar dos 50 mil quilómetros, dependendo do uso e de cada modelo do carro.
O ideal é consultar o que diz no Manual do Proprietário, pois cada modelo possui uma especificação própria.
A maioria dos fabricantes de automóveis populares recomenda que as velas de ignição sejam verificadas a cada 10 mil quilómetros percorridos, como forma de manutenção preventiva.
“Mas se a troca das velas deve ser feita a cada 20 mil quilômetros, por que devo verificar a cada 20 mil km percorridos?”, pergunta você.*e necessário saber quais as condições de uso de cada veiculo.
Com o trânsito intenso das grandes metrópoles, o tempo que o carro fica parado com o motor em funcionamento não altera a quilometragem, mas infere no uso e no desgaste das velas.
Higienização do ar-condicionado a cada 6 meses: VERDADE
Dar a devida atenção aos cuidados básicos com o ar-condicionado automotivo é questão de saúde.
Em geral, o mais recomendado é fazer a higienização do ar-condicionado automotivo a cada 6 meses para evitar a proliferação de vírus e bactérias no interior do sistema e acabar com o mau cheiro.
Também é indicado realizar a manutenção preventiva do sistema do ar-condicionado do carro a cada 30 mil quilômetros ou antes, caso haja sinais de mau cheiro ou dificuldade de ventilação no sistema.
Apesar de parecerem procedimentos simples, tanto a manutenção quanto a higienização do ar-condicionado automotivo requerem conhecimento e mão de obra profissional, principalmente em serviços que envolvam a limpeza do evaporador, do compressor e demais componentes do sistema de ar.
Conclusão
A melhor solução para realizar as revisões periódicas obrigatórias de carros zero é recorrer à própria concessionária e sempre respeitar o plano de manutenção do veículo.
Se você é o(a) proprietário(a) de um carro seminovo ou usado, o ideal é sempre recorrer a um centro auto de confiança, com material e equipamento adequado e profissionais capacitados para realizar a revisão automotiva e possíveis manutenções.
Assim, irá valorizar e prolongar a vida útil do veículo, além de evitar dores de cabeça e gastos desnecessários.
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